Resenha: A Seleção (Trilogia)

Título: A Seleção
Título Original: The Selection
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 368
Ano: 2014

Pontuação:     


Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.


Em A Seleção, conhecemos um mundo totalmente diferente do atual, - uma distopia. Após a quarta guerra mundial, os EUA passou a ser estado americano da China e posteriormente se tornou Ilhéa, uma monarquia, onde ss grupos sociais são divididos em castas, oito delas. Sendo a Casta Um a familia real, as outras Castas, da Dois à Sete, a população e a Casta Oito todos os excluídos da sociedade: ladrões, condenados, filhos bastardados e etc. 

America Singer, quem narra a história, por ser cantora, mora com sua família na Casta Cinco. Além disso, vive um romance com Aspen Leger, da Casta Sete, porém, o romance é proibido já que é inaceitável uma moça se casar com um jovem de Casta inferior. 
Maxon Calix Schreave é o príncipe e precisa se casar. Pela tradição, é preciso se formar "A Seleção", onde 35 garotas de todas as Castas, de dezesseis a vinte e um anos têm a oportunidade de ser a noiva do futuro rei através de um concurso televisionado. 
Todas as meninas escolhidas recebem uma quantia em dinheiro para as famílias enquanto estão no jogo. Se saem, passam a ser da Casta Dois, ascendendo socialmente junto com a família; o que para as pessoas da Casta Cinco significa nunca mais passar fome. 
A partir do momento em que o jovem príncipe precisa se casar, a vida de America vira um inferno. Sua mãe passa intermináveis dias atormentando a filha para que se inscrevesse, afinal, é uma oportunidade única. 
Meri tinha plena consciência de que essa era una forma de ajudar sua família, mas amava Aspen, logo não queria se casar com alguém que só conhecia através da TV. Além de não levar o menor jeito para ser princesa, e não fazer a mínima questão pela coroa.
Aspen, por sua vez, tomado por um orgulho inútil não aceitava ver America se sacrificando por ele e a fez jurar se inscreveria. No final das contas, que mal faria? América sabia que suas chances eram mínimas, e se aquilo pudesse acabar com toda a insistência das pessoas a sua volta, ela faria. E, posteriormente, se casaria com Aspen e viveria como uma Sete com ou sem aprovação de seus pais. 


“Eu não queria ser Um.
Eu não queria ser da realeza.
Eu não queria nem tentar.”


Que felicidade de pobre dura pouco todo mundo sabe, e com America não ia ser diferente; ela foi uma das 35 garotas escolhidas para concorrer à coroa. Inicialmente, América estava disposta a lutar contra todas as expectativas. Seu único objetivo era aproveitar o dinheiro que sua família recebia por ser uma escolhida e comer como se não houvesse amanhã. Porém, diante da grandeza do palácio real, tudo muda ao longo dos dias: Meri conhece Maxon, lindo, gentil, desajeitado, e vê, que na verdade tudo o que ela pensava sobre a nobreza poderia ser um equívoco, além, de finalmente ter, mesmo no meio de tanta "concorrência" uma amiga de verdade, Marlee TamesÉ surpreendente a reviravolta que a vida da menina sofre, America reflete sobre a própria vida e sobre os próprios conceitos.

"A seleção não era mais uma coisa que me acontecia; eu era parte ativa dela."

OBS: Como com Jogos Vorazes, que também é Trilogia, postei a resenha dos três livros juntos, uma vez que já tinha lido tudo e simplesmente não conseguiria separar os posts. Por isso, pode haver spoilers a partir daqui, embora eu me esforce muito para não falar demais. Se você não quiser correr o risco, vá direto para o final do post e leia a parte "em geral" que eu comento sobre o que achei da escritora e afins.



Título: A Elite
Título Original: The Elite
Editora: Editora Seguinte
Autora: Kiera Cass
Ano: 2013
Páginas: 354
Pontuação:
     


A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.
America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.



Em A Elite, a estória é totalmente diferente. Muito mais contextualizada e distópica. Depois dos inúmeros ataques dos rebeldes, várias garotas da Seleção foram embora, além das que já tinham sido eliminadas, restando apenas seis. 
America se torna muito mais próxima do príncipe, e acaba descobrindo muito sobre o atual governo do Rei Clarkson. Aspen, que não é bobo nem nada, está mais presente também, levando America a um colapso total. Maxon desde o início deixa a decisão nas mãos de America, que vive pedindo um tempo para pensar. Tive vontade de dar na cara dela, de verdade.
O clima é tenso, não só entre as garotas que estão ali para lutar e, com seus objetivos próprios, alcançar o prêmio; mas também na relação de America com Aspen e Maxon. Os dois passam o livro inteiro lutando por ela, e a menina fica confusa o tempo todo. Sempre a mesma ladainha. 
O livro em si é eletrizante, mas o final deixou a desejar.



"Não importava o que viesse, eu enfrentaria. Tinha que enfrentar."




Título: A Escolha
Título Original: The One
Editora: Seguinte
Autora: Kiera Cass
Ano: 2014
Páginas: 352
Pontuação:   ♥ ♥ 

A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.


Já em A escolha, a decisão deixou de estar na mãos de America. Maxon passou a se relacionar com as outras candidatas e se encontra em dúvida. Sem falar no rei, que o pressiona na decisão.
Nesse livro os outros personagens se desenvolvem, o rei se revela um carrasco, a rainha um doce, o príncipe uma vítima, e as meninas, apesar de tudo, amigas. 
America passa a, finalmente, precisar correr atrás de Maxon e entrar na disputa. Faz de tudo, apesar de só fazer besteira pra conquistar Maxon. É a sua vez de mostrar o seu amor. 

"Você está quebrando muitas regras, senhorita Singer."
"Você é o príncipe. Pode simplesmente me perdoar."


Meri, apesar de continuar sendo muito impulsiva, amadurece ao longo da trilogia e isso fica bem claro em A Escolha, quando os problemas políticos começam a ser revelados. Os rebeldes são finalmente esclarecidas na estória e o príncipe também se torna mais corajoso em relação ao seu pai.
O final consegue juntar todos os sentimentos já sentidos durantes os outros dois livros, só que tudo de uma vez. Para quem está acostumado com romances com finais óbvios, é surpreendente.
Cheguei a ter raiva da America por não se decidir logo, quando todas as situações apontavam apenas para uma escolha. 

Em geral:
A escritora é fenomenal, não tenho o que reclamar. A escrita é bem simples, sem palavras difíceis apesar da questão "realeza".  Não há nada que, para mim, não tenha ficado esclarecido. Nem mesmo as questões políticas abordadas. 
A história me fez sair de órbita por dois dias; simplesmente devorei os três livros de uma vez só. Kiera poderia ter divido melhor os três livros, pois o segundo é bem irrelevante se comparado aos outros dois. Fora isso, a trilogia não falha, tem altos e baixos. Mas, infelizmente, não encontrei nenhuma frase que me marcou muito, nem um personagem que me fez cair de amores. 

Muitos blogs tem comentado que A Seleção se parece muito com Jogos Vorazes. Em parte, eu concordo, mas depois do "sorteio" das candidatas, do clima de reality show e da mesma política do pão e circo, não achei nada parecido. Kiera apesar de ótima escritora, não desenvolve uma estória tão boa que possa ser comparada com a de Suzanne.

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